Ozônio: um aliado contra síndromes respiratórias no Brasil
Tecnologia é eficaz na desinfecção de ambientes e pode ajudar a conter surtos sazonais de doenças como a Síndrome Respiratória Aguda Grave
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Siga noEm meio à alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil, cresce a atenção de profissionais da saúde e de pesquisadores quanto à importância de medidas de desinfecção ambiental mais eficazes. O uso do ozônio como agente sanitizante tem ganhado destaque por sua capacidade comprovada de inativar vírus, bactérias e fungos em ambientes fechados — incluindo agentes respiratórios como o coronavírus.
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"A utilização de ozônio como agente desinfetante pode ajudar a combater a síndrome respiratória aguda no Brasil, da mesma forma que combateu o vírus da Covid-19 na pandemia. Vale ressaltar que não estamos falando de ozonioterapia, mas sim do uso do ozônio na descontaminação avançada do ar e superfícies de ambientes", explica o químico e CEO da Wier, Bruno Mena Cadorin.
Segundo Bruno, a atuação do ozônio acontece diretamente na estrutura dos microrganismos: "O ozônio atua na raiz do problema, inativando vírus e bactérias, além de fungo formador de mofo. Ele ataca membranas e estruturas internas dos microrganismos. Uma vez inativados, eles não podem mais contaminar seres humanos", completa.
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Pesquisas realizadas por laboratórios credenciados — como as conduzidas em ambiente de biossegurança nível 3 no Instituto de Ciências Biomédicas da USP — mostram que a aplicação do ozônio tem eficiência de até 99,9% na inativação de partículas do vírus SARS-CoV-2, responsável pela COVID-19. Por ser um gás, o ozônio se espalha com facilidade pelo ambiente, alcançando locais de difícil o e promovendo uma desinfecção mais homogênea, especialmente em áreas internas com grande circulação de pessoas.
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Além de reduzir a carga microbiológica do ambiente, o ozônio é considerado uma alternativa sustentável, por não deixar resíduos químicos e ter ação rápida. Isso o torna especialmente útil em locais como hospitais, escolas, repartições públicas e residências — onde a desinfecção constante pode ser aliada na contenção de surtos respiratórios, especialmente entre grupos de risco.
Diante da atenção crescente à saúde respiratória e dos surtos de SRAG registrados em diferentes estados brasileiros, especialistas alertam para a necessidade de investir em soluções de desinfecção ambiental que aliem segurança, eficácia e viabilidade de aplicação em larga escala.
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