ORIENTE MÉDIO

O que se sabe sobre os ataques israelenses ao Irã

Explosões foram ouvidas em Teerã e em uma importante instalação de enriquecimento de urânio

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Israel anunciou nesta sexta-feira (13/6) que bombardeou as instalações nucleares e militares do Irã e prometeu continuar sua campanha para "alcançar muito mais". Explosões foram ouvidas em Teerã e em uma importante instalação de enriquecimento de urânio. Aqui está o que se sabe até o momento:

O que foi atingido?

O Exército israelense afirmou ter mobilizado 200 aeronaves para atacar quase 100 alvos em todo o Irã.

Explosões foram relatadas em Teerã, onde a televisão estatal afirmou que incêndios e fumaça foram observados, e em um quartel-general da Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irã, no leste da capital.

A emissora de televisão também relatou danos a prédios residenciais e mortes de civis. Também informou que Natanz, na província central de Isfahan, no Irã, e sede de uma grande usina nuclear, foi atacada "várias vezes".

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que Natanz foi uma das instalações nucleares atacadas. Os inspetores informaram que nenhum aumento na radiação nuclear foi detectado na área.

Outros ataques foram relatados contra três instalações militares no noroeste do Irã, embora Teerã tenha afirmado que as instalações nucleares de Fordow e Isfahan não foram atingidas.

A imprensa estatal iraniana confirmou as mortes do chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e do comandante do Estado-Maior, Mohamed Bagheri.

Seis cientistas nucleares morreram nos ataques e 50 civis ficaram feridos, incluindo mulheres e crianças.

Por que agora?

Israel considera a República Islâmica uma ameaça existencial. O país afirma que destruiu as defesas aéreas do Irã no ano ado em retaliação ao lançamento de quase 200 mísseis contra Israel.

O ministro da Defesa, Israel Katz, chamou a operação desta sexta-feira de "ataque preventivo". Segundo o Exército israelense, informações de inteligência indicam que o Irã está se aproximando de um "ponto de não retorno" em seu programa nuclear. 

Estados Unidos, Israel e as potências ocidentais acusam Teerã de buscar armas nucleares, uma alegação que Teerã nega. 

Israel pediu uma ação global depois que a AIEA acusou o Irã de não cumprir com suas obrigações. 

Os Estados Unidos tinham indícios de que um ataque militar israelense era possível. "Não quero dizer que seja iminente, mas parece que algo pode acontecer", disse o presidente americano, Donald Trump, a repórteres na quinta-feira, quando questionado se previa um ataque israelense. 

A sexta rodada de negociações sobre o programa nuclear iraniano entre Washington e Teerã estava marcada para domingo em Omã.

Quem está envolvido?

Israel depende dos Estados Unidos para ajuda militar e apoio diplomático, mas realizou os ataques sozinho, afirmou o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Rubio indicou que Israel "nos disse que acreditava que a ação era necessária para sua autodefesa" e evitou expressar apoio ou críticas aos ataques.

Em entrevista à Fox News, Trump insistiu que Teerã "não pode ter uma bomba nuclear". 

O Irã afirmou que Washington seria "responsável pelas consequências" dos ataques israelenses, afirmando que eles "não poderiam ter sido realizados sem a coordenação e a permissão dos Estados Unidos".

Quais são as reações?

O movimento islamista palestino Hamas alertou que os ataques israelenses ameaçam "desestabilizar a região", enquanto a Arábia Saudita condenou as "agressões flagrantes".

Omã, mediador nas negociações entre Teerã e Washington, criticou os ataques como uma "escalada perigosa" que ameaça a estabilidade regional. 

A Emirates Airlines e a Qatar Airways cancelaram voos para o Irã e o Iraque após os ataques e o tráfego aéreo foi interrompido no principal aeroporto de Teerã. 

A Casa Branca anunciou que Trump convocará o Conselho de Segurança Nacional para analisar a situação. 

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu às partes que "recuem e reduzam as tensões urgentemente". O chefe da diplomacia sa, Jean-Noël Barrot, também considerou "essencial mobilizar todos os canais diplomáticos para apaziguar" a situação. 

Para o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, trabalhar para uma desescalada é "crucial". 

A China afirmou que "se opõe a qualquer tipo de violação da soberania" do Irã e se ofereceu para "desempenhar um papel construtivo" para acalmar a situação no Oriente Médio.

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Os preços do petróleo subiram até 12% devido aos ataques israelenses, enquanto o Irã afirmou que suas refinarias e depósitos de petróleo não sofreram danos.

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