Terno Rei conta bastidores da parceria com Lô Borges em novo disco
Banda apresenta seu quinto álbum na íntegra, nesta sexta (13/6), na Autêntica, em show com abertura do duo Paira
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Siga noPaulistas natos, Ale, Bruno, Greg e Lucas, da banda Terno Rei, vêm estreitando os laços com Minas Gerais nos últimos tempos. Em abril, lançaram o primeiro feat da carreira com participação de Lô Borges. No mês ado, dividiram o palco com Samuel Rosa no Popload Festival, em São Paulo. Nesta sexta-feira (13/6), o grupo se apresenta na Autêntica, com abertura do duo mineiro Paira. Não menos importante, eles chegaram ontem a Belo Horizonte para gravar uma session no estúdio Sonastério.
Dividir o palco com Samuel Rosa no último dia 31 foi especial para a banda. Juntos, eles cantaram hits como “Resposta” e “Balada do amor inabalável”, que já haviam ganhado registro em vídeo postado no YouTube em 2021.
“São músicas muito gostosas de tocar. É sempre legal ter mais uma pessoa com a gente, ainda mais alguém do tamanho dele”, destaca o vocalista Ale Sater. Uma experiência que eles esperam repetir em breve.
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Hoje, o grupo volta ao palco da Autêntica para fazer o segundo show completo do disco "Nenhuma estrela” fora de um festival. Lançado em abril, o quinto álbum da banda vem na sequência dos elogiados “Gêmeos” e “Violeta”, e marca uma nova fase após três anos intensos na estrada rodando o país.
“A vivência e a troca com o público influenciam nossa maneira de escrever e de gravar”, comenta o baterista Lucas Cardoso, mais conhecido como Lubas.
“Esse disco é um belo resumo do que é a banda. O traço de cada um de nós está ali, de uma forma bem madura”, aponta Ale.
Com 13 faixas, o álbum mistura sonoridades dos anos 1980 e 1990, com as características letras introspectivas e arranjos melancólicos que trouxeram fama ao quarteto.
“É um disco que a gente ouve e fica muito satisfeito com o resultado. É um trabalho bem redondo”, completa o vocalista.
Experiências pessoais também impactaram a produção. Ale, por exemplo, se casou com a comunicadora Thais Jacoponi, enquanto Bruno e Greg se mudaram para morar juntos em São Paulo, onde também mantêm um estúdio.
Nos comentários das redes sociais da banda, é comum ler frases como “o rock está vivo” ou “o rock respira”. Para os músicos, esse tipo de reação não incomoda nem agrada. “Acho que vem mais porque, realmente, no mainstream não tem rock. Não é que ele morreu, como a galera fala, mas, hoje, não está tão em evidência”, avalia Ale Sater.
Embora sejam uma banda com formação tradicional do rock, duas guitarras, baixo e bateria, os integrantes não se prendem ao rótulo. “Se a gente tiver que fazer um próximo álbum de reggae, vamos fazer amarradões”, brinca o vocalista.
Já Lubas destaca que a cena continua viva, mesmo que fora dos grandes holofotes. “A gente nunca deixou de ter ótimas bandas de rock no Brasil. Elas só não são tão conhecidas ou não estão no eixo Rio-São Paulo”, pontua.
De supetão
Os dois contam que a colaboração com Lô Borges surgiu de forma espontânea, quase de supetão. A música já estava pronta quando Fernando Dotta, empresário da banda, ouviu e comentou que o som tinha tudo a ver com Lô. Foi então que decidiu entrar em contato com o empresário do músico mineiro.
“A gente pirou na ideia, mas achava meio utópica. O 'não' a gente já tinha”, conta Ale. “E não é que ele topou? E de forma rápida. Enviamos a música, e em menos de dois dias ele já tinha aceitado. Em cinco dias, a faixa estava pronta”, detalha.
“É demais ter um cara desse tamanho cantando uma música nossa. A voz dele é muito especial, tem um traço muito próprio”, elogia Ale.
A faixa dialoga com a maneira como o Clube da Esquina transforma o espaço urbano em poesia, com traços de psicodelia e harmonias bem características do movimento.
Paira, que fará a abertura da noite, é o novíssimo integrante da Balaclava Records, selo responsável pelos lançamentos do Terno Rei desde o início da carreira da banda, em 2014. O duo belo-horizontino participa da faixa “Tempo”, do álbum “Nenhuma estrela”, música que se destaca no repertório da banda pelas batidas eletrônicas características da dupla mineira.
Além do novo disco apresentado na íntegra, o setlist dos paulistanos promete sucessos que não podem faltar, como “Yoko”, “Solidão de volta”, “Dias da juventude” e “Brutal”.
“TERNO REI”
Show nesta sexta-feira (13/6) na Autêntica (Rua Álvares Maciel, 312, Santa Efigênia). Abertura da casa às 21h. Ingressos à venda no Sympla a R$ 170 (inteira) e R$ 85 (meia).
OUTROS SHOWS
>>>GIPSY KINGS
A banda Gipsy Kings by Diego Baliardo se apresenta sábado (14/6), às 21h, no BeFly Hall (Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 - Savassi). Com mais de 40 anos de estrada, o grupo francês leva ao palco sucessos como "Bamboleo", "Djobi Djoba" e "Baila me", mesclando tradição cigana e ritmos dançantes. Os ingressos estão à venda no Sympla e na bilheteria do local. Setor I, R$ 600; Setor II, R$ 500; Cadeira Superior Ouro, R$ 360; e Cadeira Superior Prata, R$ 260 (valores referentes a inteira).
>>>NU CAOS
A festa Nu Caos realiza sua primeira edição junina nesta sexta-feira (13/6), a partir das 22h, no espaço Centoequatro (Praça Rui Barbosa, 104 - Centro). A programação inclui shows de WS da Igrejinha, DJ Princesinha da Paz e Banda Brega Neon, prometendo fazer o público dançar com muito funk, arrocha, piseiro e tecnobrega. Ingressos à venda por R$ 50 na plataforma ShotGun.
>>>'LOVE SONGS'
Os cantores Marina Araújo e Daniel Lima apresentam o show “Love songs”, neste domingo (15/6), às 19h, no Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244 - Lourdes). Em clima de Dia dos Namorados, o repertório reúne clássicos românticos de artistas como Elvis Presley, U2, Milton Nascimento e Vander Lee, além de canções autorais da dupla. Ingressos à venda no Sympla e na bilheteria do teatro. Plateia I, R$ 100 (inteira) e R$ 42,50 (meia); Plateia II, R$ 80 (inteira) e R$ 34 (meia).